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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Review: Super R-Type - Clássico dos shmups nunca lançado para o "Nintendinho" original recebe sequência matadora para o SNES

O ano era 1987...

Nesse ano, a Irem Soft, já conhecida na época devido ao primeiro beat'em up do mundo, trouxe ao mundo um shooter que revolucionou o já conhecido gênero das "navinhas" ao implementar grandes toques de estratégia e muitas outras coisas no já confuso bololô espacial... Esse peculiar jogo era R-Type. Ele recebeu grandes elogios da crítica na época e até hoje tem uma grande base de fãs (fanbase) devido aos muitos elementos até hoje pouco explorados no vasto mercado dos shmups que ele apresentou, como o tiro carregado e a "esfera de força", as duas marcas registradas da série. 

                                                                             
                                                        Capa da versão delta, de PS1/PSX. Caso alguém não saiba, 
                                                         o monstrão feioso é, na verdade, uma versão em 2,5D do 1°
                                                         chefe do R-Type original.                     

Ele também trouxe chefes, fases e inimigos mais "orgânicos" comparado aos outros shmups da época, como o inesquecível 1° chefe, além de uma dificuldade insana. O sucesso da versão original de fliperama (arcade) motivou a criação de dezenas de ports, alguns perfeitos (como o de PC Engine/TG16, que fora vendido separadamente em 2 HuCards com uma fase e um chefe exclusivo no final de cada um, além de uma versão deluxe para o drive de Super CD - ROM do sistema) outros bons (como o de Master System e o de Game Boy) outros decentes (Amiga) e outros péssimos (acredite ou não, até o Amstrad CPC recebeu um port! O_o). Infelizmente, o NES ficou de fora de toda essa confusão, com apenas a versão de GB chegando 4 anos depois. Mas, no mesmo ano que a versão portátil chegou, foi lançado nos arcades R-Type II, que melhorava as pouquíssimas falhas do original e aumentava a dificuldade, criando um desafio totalmente novo. Para não fazer confusão, a Irem portou o jogo um ano depois.

E você se pergunta: "E o SNES? O que o SNES tem a ver com isso?". Bem, a Irem, aproveitando a oportunidade de criar um port perfeito do 2° jogo para o console de 16 - Bit da nintendo, criou Super R-Type, um jogo totalmente novo, que mistura elementos do 1° e 2° jogo da série. Vamos fazer um review desse clássico?

Então... Let's Go!!!!!!!!

Gráficos: 9/10

Considerando o fato que o jogo é um shmup da metade de 1991, os gráficos são ótimos, sendo cheios de detalhes por todos os cantos. Os backgrounds são ótimos, sempre cheios de grandes planetas e pequenas estrelas, dando um efeito espacial e futurista, que é exatamente o que o jogo quer fazer. As vezes, você se infiltra em naves e planetas inimigos, criando backgrounds totalmente novos e que combinam com os inimigos, criando uma atmosfera perfeita. Eu só não gostei muito dos tiros, tanto os dos inimigos quanto os seus, que, comparado a Gradius III, um dos primeiros jogos do gênero para o sistema, são bem simples. Mas os gráficos desse jogo são ótimos.

Jogabilidade: 10/10

Ah... A jogabilidade... Um dos melhores pontos desse jogaço. Como todos os primeiros jogos do SNES, ele sofre grandes slowdowns quando há muitos objetos na tela. Mas deixando isso de lado, a jogabilidade é perfeita. A Irem, aproveitando os múltiplos botões do joystick do SNES, criou também um modo "Rapid Fire" de tiro, além do clássico tiro carregado, que, como em R-Type II, pode ser sobrecarregado para provocar uma grande tempestade de tiros. A clássica esfera de força também aparece, ganhando habilidades totalmente novas e exclusivas, além do Bit de suporte, que tem as mesmas funções que ele tinha em R-Type 1 e 2. Uma das únicas falhas na jogabilidade de SRT são os inimigos, que praticamente não fazem nada além de ir para a direção onde você estava orignalmente quando eles apareceram na tela. Mas, já que eles sempre aparecem em grandes grupos disformes, isso é praticamente imperceptível. Outra coisa teoricamente "chata" do jogo é a dificuldade, que é enorme principalmente devido ao fato de NÃO HAVER CHECKPOINTS EM NENHUMA DAS FASES!!!!!!!!! ARGHHHHHH!!!!!!!!!! ... Ufa! Desculpe pela crise de AVGNzice aí de cima. Mas do quê eu estou reclamando? Como retrogamer assumido, eu acho isso bem legal e interessante. Fora isso, os controles respondem rapidamente, os objetos do jogo se movem suavemente mesmo em slowdowns, as armas são bem variadas... Enfim, ela é ótima, e merece um 10 mesmo com suas falhas.

Sons: 10/10

A trilha sonora do jogo, junto com a jogabilidade, é o que o torna um clássico. As músicas sempre tem riffs de guitarra e tons de hard rock, além de uma ótima atmosfera futurista. Alguma músicas são calmas e retrô, como a da 3° fase, e outras tem um ar espacial e moderno, como a da fase 2. Porém, o destaque musical fica mesmo para a música de chefe, que é, na verdade, um remix mais agitado da música de chefe do primeiro R-Type, cuja eu considero uma das melhores da história.

                                        Essa é uma das melhores músicas que eu já ouvi na 
                                        história dos videogames. Aprecie!                   

Porém, outra coisa chata do jogo são os efeitos sonoros. Mesmo combinando com a situação do jogo, eles são altos e mal feitos. A minha teoria é que a Irem deixou os efeitos sonoros de lado para se concentrar mais na trilha sonora. Se isso for verdade, essa foi uma ótima decisão, pois a trilha sonora de SRT é uma das melhores que eu já tive a chance de ouvir.

História: 8/10 

Bem... O enredo é sempre a parte mais fraca dos shmups até hoje. Mas, comparado aos enredos de outros jogos do gênero, o de SRT é até bem complexo. Você é o piloto de uma nave experimental conhecida como R9, e tem a missão de destruir o império Bydo, formado por horrendas criaturas originadas de um experimento de clonagem fracassado feito a 400 anos no futuro e robôs gigantes. É praticamente o mesmo enredo do R-Type original. Mesmo assim é agrádavel.

Nota final: 10/10 

Este é um jogo clássico de uma série clássica. Usou (e abusou) toda a capacidade gráfica e sonora do poderoso SNES, criando uma atmosfera perfeita para um shmup. Mas aqui vai o aviso: Não recomendado para pessoas com pressão alta nem para gamers casuais.

Truques, macetes e etc.: Super R-Type tem muitos truques, segredos e desbloqueáveis. Aqui vão alguns:

Seleção de fases: Na tela título, mantenha R apertado e aperte cima 9 vezes. Depois do procedimento, inicie um jogo com qualquer configuração, pause e aperte Select,R e A.

Seleção de armas: Na tela título, aperte baixo, R, direita, baixo,direita X2, baixo, direita e baixo X2. Depois, comece a jogar, pause e aperte R, direita, baixo, Y, baixo, direita, baixo, esquerda, direita, baixo, e direita X2. Agora aperte os botões abaixo para ativar a arma que você preferir:

R = Shotgun Bomb
A = Laser Aéreo
B = Laser Terrestre
X = Laser Refletor
Y = Laser Espalhado (Spread)

Se você quiser, você ainda pode ativar, junto com as armas acima, o missíl seguidor (A) e a bomba descente (Falling Bomb) (X)

Modo PRO: Comece um novo jogo no modo difícil (Hard). Durante a 2° "parte" do jogo, a dificuldade será a PRO, que é super difícil.

Ouça remixes oficiais dentro do jogo!: No menu do jogo, aponte seu cursor para a opção BGM Test e selecione qualquer música. Depois de um tempo escutando - a, aperte e mantenha pressionado o botão R. A música parará. Se você manter o botão apertado por tempo suficiente, você ouvirá algumas notas musicais tocadas randomicamente. Espere mais um pouco e um remix da música selecionada será tocado! OBS.: Este truque só funciona com algumas músicas.                                      

Boa sorte em SRT e feliz ano novo!                                 

2 comentários:

  1. Eu li em algum lugar que esse é um dos jogos mais difíceis da franquia. Quem sabe um dia eu tope com ele aqui por casa...

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  2. Você faz parceria ??? Olha lá meu blog (theclassicsgames.blogspot.com) e responda lá , pois gostei muito do seu site. Obrigado pelo seu tempo. (adicionarei o link quando você responder, para não ter confusão)

    Veja alguns posts
    Análise: Real Bout Fatal Fury Special (Arcade):
    http://theclassicsgames.blogspot.com/2012/06/analise-real-bout-fatal-fury-special.html
    Análise: Tom Clancy's Ghost Recon: Future Soldier (Celular):
    http://theclassicsgames.blogspot.com/2012/05/especial-cruzada-java-12-tom-clancys.html
    Análise: Double Dragon (Arcade):
    http://theclassicsgames.blogspot.com/2012/05/analise-double-dragon-arcade.html
    Análise: Breath of Fire (SNES):
    http://theclassicsgames.blogspot.com/2012/05/analise-breath-of-fire-snes.html
    Análise: Sonic the Hedgehog (Master System):
    http://theclassicsgames.blogspot.com/2012/02/analise-sonic-hedgehog-master-system.html

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